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Crime De Amor

José Fortuna

Desde os lindos tempos que eram estudantes, Osvaldo e Clarice se amavam demais
igual duas aves que não conheciam, da vida enganosa seus golpes fatais
um dia Osvaldo formou-se prá médico, e ela formou-se um ano depois
casaram e foram em longa viagem, de lua de mel bem felizes os dois

Clarice na viagem ao marido pediu, se um dia uma dor a fizesse sofre
melhor que a matasse pois desejaria, mil vezes a morte do que padecer
passaram-se os anos e um dia Clarice, doença incurável pegou prá morrer
o doutor lembrou do pedido da esposa, que nunca no mundo a deixasse sofrer

E uma injeção de terrível veneno, no braço da esposa aplicou a chorar
enquanto injetava o veneno dizia: “agora meu bem você vai descansar”
e olhando no rosto da esposa foi vendo, seus olhos parando e cobrir-se de um véu
qual duas estrelas perdendo seu brilho, cobrindo-se aos poucos com as nuvens do céu

Ele enlouqueceu vendo o corpo gelando, daquela que amava com tanto fervor
matou prá atender o pedido da esposa, roubando-lhe a vida prá livrar da dor
e assim encontraram Clarice sem vida, e Osvaldo beijando seus lábios sem cor
sorrindo e chorando, gritando que viessem, ver quanto foi lindo seu crime de amor.


Composição: -





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