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Yayá Dos Cais Dourados

Martinho da Vila



No Cais Dourado, da velha Bahia,

Onde estava o capoeira, a Yaya também subia,

Juntos na feira, ou na Romaria,

No banho de cachoeira, e também na pescaria,

Dançavam juntos em todo fandango e festinha,

E no Reisado, contramestre e Pastorinha,

Cantavam, laiá, rara, laiá, rara, laiá, rara,

Nas festas do alto do Cantoá,

Cantavam, laiá, rara, laiá, rara, laiá, rara,

Nas festas do alto do Cantoá.



Mas loucamente,

A Yaya do Cais Dourado,

Trocou seu amor ardente,

Por um moço requintado,

E foi-se embora, passear em barco a vela,

Desfilando em carruagem, já não era mais aquela,

E o Capoeira, que era valente, chorou,

E o Capoeira, que era valente, chorou.



Até que um dia a mulata,

Lá no cais apareceu,

E ao ver o seu capoeira,

Pra ele logo correu,

Pediu guarita, mas o capoeira não deu,

Pediu guarita, mas o capoeira não deu,

Desesperada, saiu no mundo a vagar,

E o capoeira, ficou com seu povo a cantar,

Laiá, rara, laiá, rara, laiá, rara,

Laiá, rara, laiá, rara, laiá, rara...






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