Um verso não é só escrita,
Palavrear jogado ao léu
Que povoa algum papel,
Testemunhando imagens,
E arrincona-se em triagens
Na busca de algum troféu.

Não é só o maior direito,
De mostrar o que está preso,
Talvez o doce de um beijo
Na florada da canção,
O pulsar de uma paixão
Aprisionada no peito

O verso vive na alma
De quem tem algo de bom,
Algo de Deus, coração,
Explica o jeito interior,
Nas mil formas do poema
E uma só forma de amor.

Não é algo resumido
Por alguém que não compreende
E fere a alma da gente,
Julgando o verso vencido,
Alegando que o motivo
É estar fora do contexto

O verso é a procedência
Do que pode um coração,
A mais pura intenção
Que um alma oferece,
É prece que me parece
Com a palavras... nas mãos!