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De Queixo Atado No Pepo

Xiru Missioneiro

Deu na rádio hoje à tardinha nas notícias do interior
Que na estância cata-vento faleceu um domador
Pois mais tarde o locutor tirou a limpo o sucedido
Quem morreu foi o João da Nóca um ginete conhecido
Era o primeiro galope do mal la crina enredada
O domador vinha chegando pediu por taura a bolada
E ali perto do palanque mais ou menos quatro e meia
O diabo lhe amadrinhava e a morte agarrou na orelha.

Deixou o mundo num bagual que largaram mal de cepo
E vai passar amanhã de tarde de queixo atado no Pepo.

Falado:

Alçou a perna num maleva deu um suspiro profundo
E largou um gritito debochado, se despedindo do mundo

Pois mal se afirmou no basto, o pobre do joão da nóca
E o potro saiu cavando meteu as mão numa toca
Trocou de ponta parceiro se ouviu um estalo de osso
E o João da Nóca quietinho tinha quebrado o pescoço
No caixão vai suas espora o mango, um pala franjado
Também um manojo de crina que ele arrancou do aporreado
Agora a radio anuncia a desgraça que assucedeu
Repete de hora em hora que o João da Nóca morreu

Deixou o mundo.....

Falado:

Quem morre na legendária são borja, passa defronte
A antiga casa do Pepo, Em direção ao campo santo

Composição: Clemar Dias/Jorandir Pereira de Souza/Jose Joao Sampaio da Silva





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