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do Jeito Que O Véio Qué

Xiru Missioneiro

Sou macanudo, sou barbudo e cabeludo
e a minha "muié" não me deixa sair sozinho
tem ciúme até da sombra, diz que eu sou lindo "de mas"
e não reparte com as outras nem um pingo de carinho

Rumo prum rancho num retoço, num retoço da folia
buscar alegria do jeito que me convém
ali o amor e prazer é um perigo
por que tidos são amigos, mas ninguém é de ninguém

"Bamo que bamo, no bico dum contrapasso"
metendo o laço, meta e meta que é bem bom
"bamo que bamo do jeito que o véio qué"
porque tu nem é "muié", é um parque de diversão

Total, as vizinhas andam falando mal de mim
que sou tasqueiro e amanheço na folia
dizem que eu sou chineiro e só ando atrás de resto
e que sou raposa "véia" que como "quarqué" galinha
me vou de novo atrás de uma china bonita
dessas que grita sacudindo o recavém
posso ser louco mas nunca durmo de touca
e vou cavocar nessa louca, sem pagar nem um vintém.

Nesta fuzarca eu acho tudo que eu "percuro"
bailo no escuro balanceando o mocotó
de quando em vez, uma mona entra no laço
cago de coice e mangaço maricão e gigolô
não tem feitiço, reza braba ou benzedura
ninguém me segura quando invento de "chiniá"
bebo uma quarta de canha e Santo Antônio
e faço o demônio nem dormir pra me cuida.

Composição: Xirú Missioneiro/ João Sampaio/ Trindade Silva





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